Pieguices

Não sei como aconteceu mas comovi-me quando vi um velho espreitar disfarçadamente para um caixote do lixo, quando a deixei no aeroporto e parti, no dia em que me disseram “quando eu era pequeno ouvia o relato do meu clube, a olhar para o estádio pela janela do meu quarto”, nas estrelas sob um terraço em Marrocos, na angustia de uns pais num parque de estacionamento, no exibicionismo de um tipo ao sair do carro topo de gama, quando me pedem o braço para dormir, nas lágrimas de um amigo no funeral da minha mãe, quando um pai atravessa meio mundo para ver a sua filha, no á vontade com que uma criança mata um insecto, quando me disseram “não chores Nuno”, quando me esperavam no 1º dia em que vinha da tropa, na construção de um móvel para a minha sala, quando uma mãe deixa uma peça de roupa sua, para o bebé não sentir a sua falta, no meu 1º concerto, os Felt na Aula Magna, quando comecei a empresa na varanda de minha casa e agora vejo 5 tipos á minha frente, quando preparo o pequeno-almoço com um biberão e quatro chávenas de leite, na musica “Music for 18 musicians”, num inicio de dia em Amesterdão, num mupi vazio no metro de Londres, quando deitei um jantar para o lixo, num olhar numa noite de Carnaval, quando desabafaram comigo no chão de uma casa de banho, quando vi os amigos deles á espera que uma operação terminasse, quando reencontrei um velho amigo, quando as vi pela 1º vez, emocionei-me nas ruas de Pampelona e Aveiro, numa “estação” de comboio algures entre Asuã e o Cairo.
Sempre a considerar.

Comentários

Anónimo disse…
27 ou 28 vezes numa vida, acho pouco :). mas sempre a considerar. um abraço. fuerte.
Duarte Évora disse…
apenas o que a memória alcança, num post feito em 5 min.

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