O andar de cima
... queria muito, ouvia risos e passos, cá em baixo estava contente mas continuava insatizfeito, soube que acima a casa vagara, fui ao senhor e perguntei qual a bitola da porta, respondeu que eu faria a medida, pensei e voltei lá... questionei o que queria e dei o pretendido, fiz dois golpes nos pulsos e entreguei um balde de sangue, agradeceu e fiquei com as chaves. Entrei, estava vazia, meio tonto observei que as portas estavam fechadas e com vicio de fecho, lubrifiquei as dobradiças e calcei as aduelas, fiquei à espera que se movessem, pareceram-me bem, saí, fui buscar as minhas coisas, abaixo, o quarto continuava quente e farto, subi carregado e sem forças, as portas estavam novamente fechadas, coloquei cunhas em cada uma delas, na medida necessária apertei as juntas e varri o chão que abundava de pegadas. Cansado; dormi desconfortável no chão, habituado a sentir as coisas pequenas agora o grande espaço abraçava o quente que saia de mim. Acordei em madrugada cinza vesti o azul e sa...