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A mostrar mensagens de março, 2011
(o lado da historia que os Paulos Portas deste país não têm capacidade para perceber... pq o umbigo não deixa) por Vanessa da Silva Miranda Mais do que descrever a manifestação, do que descrever o sentimento de ter participado na luta pelo próprio futuro, importa a história. “O meu nome é Vanessa, tenho 24 anos a caminho dos 25. Não sou casada, nem vivo com ninguém, não tenho filhos e nem ouso sonhar com isso. Não tenho uma casa minha, nem um carro. Nada do que existe na minha vida é meu... é dos meus pais, pois é o dinheiro deles que paga as imperiais no bairro, os almoços durante a semana no estágio, a roupa e os sapatos no meu armário, os sofás e móveis que estão na minha sala, a comida que enche o frigorífico e o próprio electrodoméstico, a televisão que vejo e a internet que uso. Nada é meu... não porque não queira, mas porque não posso. Tenho uma mesada de €400 por mês, o que é na verdade um luxo que poucos têm, e se antes os meus pais me pagavam a minha vida e todas as suas
A oposição que somos Quando o PS pediu reuniões com a oposição parlamentar para tentar um compromisso que desse estabilidade à acção governativa, ocorridas em Outubro de 2009, nenhum partido aceitou qualquer tipo de acordo, por mínimo que fosse. O Executivo teria de governar em minoria, sujeito ao capricho dos líderes que perderam as eleições. De imediato se constatou a disfuncionalidade de tal situação, ficando o PSD como penhor da viabilidade do Governo PS. Nessa altura, Ferreira Leite garantiu que iria deixar passar o Orçamento para 2010, só abandonaria o barco após concluir essa missão. Cavaco aceitou e aplaudiu. Chegados ao Orçamento para 2011, já com Passos a marcar passo, alimentou-se um drama apenas resolvido por força das circunstâncias: havia que garantir a reeleição do Presidente da República. Assim que Cavaco fechou esse ciclo, logo na noite da vitória eleitoral, começou a lançar fogo para cima do Governo. O que se seguiu em Belém depois do fel e desvario emocional de 23 d
"Os impostos indirectos tratam todos pela mesma medida, tanto pobres como ricos, razão porque são, nesse aspecto, mais injustos. É essa, aliás, a razão porque eu nunca concordei em taxar cada vez mais os impostos indirectos, nomeadamente o IVA. Ele vale 20% para quem tem muito como para quem tem pouco". Pedro Passos Coelho, no livro "Mudar", editado em 2010. "Se ainda vier a ser necessário algum ajustamento, a minha garantia é de que seria canalizado para os impostos sobre o consumo, e não para impostos sobre o rendimento das pessoas". Pedro Passos Coelho, hoje, em Bruxelas.

taking notes

manifestação da geração à rasca

> - Então, foste à manifestação da geração à rasca? > > - Sim, claro. > > - Quais foram os teus motivos? > > - Acabei o curso e não arranjo emprego. > > - E tens respondido a anúncios? > > - Na realidade, não. Até porque de verão dá jeito: um gajo vai à > praia, às esplanadas, as miúdas são giras e usam pouca roupa. Mas de > inverno é uma chatice. Vê lá que ainda me sobra dinheiro da mesada que > os meus pais me dão. Estou aborrecido. > > - Bom, mas então por que não respondes a anúncios de emprego? > > - Err... > > - Certo. Mudando a agulha: felizmente não houve incidentes. > > - É verdade, mas houve chatices. > > - Então? > > - Quando cheguei ao viaduto Duarte Pacheco já havia fila. > > - Seguramente gente que ia para as Amoreiras. > > - Nada disso. Jovens à rasca como eu. E gente menos jovem. Mas todos à > rasca. > > - Hum... E estacionaste onde? No parque Eduardo VII? > > - Tás